Vivemos um mês especial em razão do transcurso do dia 8 de março, quando se comemora o Dia Internacional da Mulher. Esse dia foi criado em homenagem as 129 operárias, que morreram queimadas numa ação policial, para conter uma manifestação ocorrida em uma fábrica de tecidos. Elas lutavam pela diminuição da jornada de trabalho de 14 para 10 horas por dia e o direito à licença-maternidade. Isso aconteceu em 8 de março de 1857, em Nova Iorque, nos Estados Unidos.
Temos ciência que histórias de discriminação e violência contra a mulher ainda fazem parte do cotidiano. São muitas as vítimas de violência doméstica, preconceito, assédio moral, sexual, entre outros tipos de violência física e psicológica.
Mas gostaríamos de destacar o nosso espírito guerreiro, a luta de nossas trabalhadoras pela sobrevivência, da mulher do campo em cuidar do plantio, bem como a participação cada vez mais dinâmica das mulheres baianas nos diversos âmbitos da vida social. Como representante e mulher do sudoeste do estado gostaria também de colaborar para dar visibilidade à presença feminina nos espaços de poder; e também mobilizar os atores sociais e setores do governo para efetivamente promoverem políticas públicas que possam cada vez mais ir erradicando a violência, a discriminação, e que acelere o processo de inclusão das mulheres nos diferentes espaços de poder da sociedade.
Que o exemplo da presidenta Dilma Roussef, possa colaborar ainda mais para chamar a atenção do papel e da dignidade da mulher e levar a uma tomada de consciência do valor da pessoa, da percepção do seu papel na sociedade. Somos um país em que que as mulheres correspondem hoje, a cerca de 41 % da população economicamente ativa, 31 milhões de trabalhadoras, e mais de ¼ das famílias do país são por elas chefiadas. Com maior nível de instrução que os homens, não exercem funções compatíveis com a sua formação, ocupam, em maior percentual, postos mais precários, além de terem menor remuneração.
Sei que também cabe ao nosso mandato contestar e rever preconceitos e limitações que vêm sendo impostos à mulher. Deste modo fica o meu compromisso de seguir junto com as mulheres da Bahia e da nossa região sudoeste para enfrentar os desafios que leve a conquista da igualdade e que destaque o papel da mulher na construção de uma sociedade justa e fraterna.
Por essas razões é que registramos votos de solidariedade e congratulações às companheiras mulheres de toda Bahia pelo transcurso deste dia tão especial, o 8 de março.
Sala das Sessões, 10 de março de 2011
Deputado Ivana Bastos
